Título: Memória inútil de mim
– e outros gritos na paisagem
Autor: Pedro Barroso
Coleção: Lua Cheia
Género: Contos
Ano: 2012
ISBN: 978-989-8524-20-1
Formato: 16 x 24 cm
Páginas: 120
P.V.P.: 12,00 €
Continuo a pensar que tenho idade de brincar. Sinto-me, mais que nunca, com esse direito. Apetece-me ser sexagenário e criança. Olhando tudo com a candura da primeira vez, e o veneno da última. Por isso, aqui vos trago, entre várias loucuras de cariz pessoal e intransmissível, contos alegóricos de humor e fantasia, ao mesmo tempo que relembro, de mim, passados heróicos e semi-conseguidos. Tudo misturado, como gritos avulsos e diferentes que lançasse na paisagem. Momentos de gozo e susto, já agora. Surpresa permanente. Porque tanto me apetece escrever sobre a crise de escoamento dos nabos em minderico, como dissertar sobre as ácidas manobras da banca mundial; as mais delirantes vindicações erótico-sanitárias; os justos direitos do mexilhão de rio; as prodigiosas parábolas evangelizadoras; ou fazer biografia, essa memória quase inútil de mim, e lembrar o problemático facto de ser gordo entre outras rotundas perplexidades deste nosso cinzentíssimo viver. Mas há um propósito, um eixo comum, uma intenção. Tenho por lema que o meu leitor - a existir semelhante criatura - tenha tanto gozo na leitura do que escrevi, quanto eu tive em escrever. E se ria e chore perdidamente comigo. Porque a partir de agora, ao que parece, já vale tudo. Porque já tudo deixou de valer o que parece. Prometo emendar-me um dia destes. Até lá - mesmo sem jeito algum para guru do conhecimento - continuarei soprando a loucura crítica possível. O grito de dignidade. Mas também o sonho, a fantasia, sem os quais a dura verdade se torna intragável. Enfim, a tal quase intransitável ruela da Memória, da Ironia e do Futuro.
– e outros gritos na paisagem
Autor: Pedro Barroso
Coleção: Lua Cheia
Género: Contos
Ano: 2012
ISBN: 978-989-8524-20-1
Formato: 16 x 24 cm
Páginas: 120
P.V.P.: 12,00 €
Continuo a pensar que tenho idade de brincar. Sinto-me, mais que nunca, com esse direito. Apetece-me ser sexagenário e criança. Olhando tudo com a candura da primeira vez, e o veneno da última. Por isso, aqui vos trago, entre várias loucuras de cariz pessoal e intransmissível, contos alegóricos de humor e fantasia, ao mesmo tempo que relembro, de mim, passados heróicos e semi-conseguidos. Tudo misturado, como gritos avulsos e diferentes que lançasse na paisagem. Momentos de gozo e susto, já agora. Surpresa permanente. Porque tanto me apetece escrever sobre a crise de escoamento dos nabos em minderico, como dissertar sobre as ácidas manobras da banca mundial; as mais delirantes vindicações erótico-sanitárias; os justos direitos do mexilhão de rio; as prodigiosas parábolas evangelizadoras; ou fazer biografia, essa memória quase inútil de mim, e lembrar o problemático facto de ser gordo entre outras rotundas perplexidades deste nosso cinzentíssimo viver. Mas há um propósito, um eixo comum, uma intenção. Tenho por lema que o meu leitor - a existir semelhante criatura - tenha tanto gozo na leitura do que escrevi, quanto eu tive em escrever. E se ria e chore perdidamente comigo. Porque a partir de agora, ao que parece, já vale tudo. Porque já tudo deixou de valer o que parece. Prometo emendar-me um dia destes. Até lá - mesmo sem jeito algum para guru do conhecimento - continuarei soprando a loucura crítica possível. O grito de dignidade. Mas também o sonho, a fantasia, sem os quais a dura verdade se torna intragável. Enfim, a tal quase intransitável ruela da Memória, da Ironia e do Futuro.